quarta-feira, 25 de agosto de 2010

Aula de ética é em casa, não na escola

por Gustavo Ioschpe - artigo

Estou começando a procurar escola para o meu filho, e fico impressionado com o que tenho ouvido e lido a respeito das escolas que procuro. Ouve-se falar pouco no desenvolvimento cognitivo, em aprendizagem, em ciências exatas. Menos ainda alguém se referindo a pesquisa empírica ou aos recentes achados de neurociência. Em compensação, dois temas são unanimidade: cidadania e ética. É uma distorção que me preocupa.

Em primeiro lugar, porque parece presumir que o ensino das matérias tradicionais é uma questão resolvida, e que se ater a elas seria algo menor, reducionista ou, como se diz com certo desdém: “conteudismo”. Não é. O Brasil vai muito mal nessa área, como comprovam todos os testes internacionais comparativos. Vai mal não apenas nas escolas públicas. As escolas privadas brasileiras também são, em geral, ruins, mas salvam as aparências por ter suas deficiências mascaradas pelos problemas ainda mais graves das escolas públicas. No Ideb, indicador de qualidade da educação do MEC, as escolas privadas têm nota média 6, em uma escala que vai até 10. No Pisa, teste internacional de qualidade de ensino, descobrimos que os 25% mais ricos do Brasil têm desempenho educacional pior que os 25% mais pobres dos países desenvolvidos. Ainda nos falta muito, portanto, para que possamos considerar a transmissão de conhecimento como tarefa cumprida.

Sei que há uma corrente de pensamento no país que acha que podemos e devemos fazer tudo ao mesmo tempo, e que priorizar a ética não significa descuidar do conteúdo. Deixo esse assunto para outro artigo, mas já adianto que não acredito que isso seja possível com o nível de institucionalização a que chegou o tema no Brasil. Atualmente o MEC exige que os livros didáticos de matemática (sim, matemática) atuem na construção da cidadania, estimulando “o convívio social e a tolerância, abordando a diversidade da experiência humana”. Seria melhor se esse espaço do livro e o tempo do professor fossem dedicados à atividade nada trivial de familiarizar o aluno com os conceitos básicos da disciplina. Mesmo quando conseguirem cumprir a função básica de ensinar matemática, português, ciências, não creio que os professores devam priorizar de forma ostensiva a pregação ética. São muitas as razões que me levam a essa conclusão. Em primeiro lugar, o desenvolvimento ético de uma criança é uma prerrogativa de seus pais. Acredito que um pai tem direito a infundir em seu filho padrões éticos divergentes do senso comum, que costuma nortear as escolas. Dou um exemplo claro. A questão da preservação ambiental virou um imperativo ético, e as escolas marretam esse tema insistentemente.

Para mim, conforme já expus em artigo aqui, o comportamento ético em um país com o nível de desenvolvimento brasileiro deveria ser privilegiar o desenvolvimento material humano, mesmo que isso implique algum desmatamento. O que me parece antiético é deixar gente sem renda para que árvores sejam preservadas. Não gostaria, portanto, que um professor ensinasse o contrário ao meu filho. O segundo problema é que não acredito que os professores brasileiros estejam preparados para travar a discussão profunda e multifacetada que o tema da ética exige. O mais certo é que a questão desande para o discurso panfletário, rasteiro, frequentemente ideologizado. Não imagino que o utilitarismo, o hedonismo ou o epicurismo sejam ensinados em pé de igualdade com correntes filosóficas que pregam as vertentes mais clássicas da moralidade judaico-cristã. E, sem esse contraponto, não se está ensinando ética, mas sim fazendo doutrinamento.

Essa dinâmica está diretamente atrelada a outro problema, que é a relação hierárquica que caracteriza o ensino formal. Se uma escola fizesse uma disciplina de ética opcional ou não avaliada, creio que seria possível que houvesse alguma evolução verdadeira por parte do alunado. Mas, no momento em que esse tema virou transdisciplinar e vale nota, é óbvio que os alunos minimamente atilados saberão conformar suas respostas às expectativas e inclinações de seus professores. Quando eu estava na escola, era formada por marxistas a maioria dos professores de história, português, geografia e outras disciplinas da área de humanas. Isso fazia com que eu e muitos outros colegas nos certificássemos de que toda resposta em prova incluísse alguma lenhada na burguesia e uma conclamação à construção de um mundo mais fraterno. Não por convicção, mas porque o nosso falso esquerdismo rendia notas melhores. Tenho certeza de que os mensaleiros, anões do Orçamento, sanguessugas e demais patifes também pregavam a justiça universal em seus tempos de escola.

Surge aí mais um problema do ensino-cidadão, que é a sua total inutilidade. A psicologia evolutiva demonstra que há um substrato ético que é genético e comum à nossa espécie e a alguns primatas. Complementando essa camada, acredito que a formação de uma consciência ética está indissociavelmente atrelada às experiências de vida, não a ensinamentos acadêmicos. Essa consciência se forma através de um sistema de recompensas e punições trabalhado primordialmente pelos pais de uma criança, desde seus mais tenros anos. É o receio da perda do amor paterno que nos leva a agir de forma ética, em um mecanismo inconsciente. Posteriormente, somam-se a essa base a história de uma pessoa e a fortaleza institucional do local em que ela vive.

O psicólogo Steven Pinker relata o exemplo do que aconteceu, literalmente da noite para o dia, quando a polícia da sua Montreal entrou em greve: uma cidade até então pacata e segura viu-se engolfada por uma onda de criminalidade que só cessou com o fim da greve. A população não sofreu um desaprendizado coletivo naquele período: ela agiu como muitos de nós agiríamos em um cenário em que as violações éticas não fossem punidas. Conhecer Sócrates ou Nietzsche não deve alterar o comportamento da maioria das pessoas. Para ser íntegra, a criança precisa receber orientação de seus pais e, depois, saber que desvios antissociais serão punidos. Alguns professores acreditam que podem sanar, com sua atuação, as deficiências da família e do estado. É ilusão. Um estudo recente das pesquisadoras Fátima Rocha e Aurora Teixeira, da Universidade do Porto, investigou a cola em 21 países e apontou haver relação direta entre a desonestidade em sala de aula e o índice de corrupção do país.

Para aqueles que imaginam que este autor é um defensor de uma escola amoral, explico-me. Acredito, sim, que a ética tem papel vital na escola, mas não no discurso, e sim na ação. Cabe à escola criar um ambiente de total liberdade intelectual, mas sem esquecer de aplicar no seu dia a dia os princípios éticos que norteiam a vida em sociedade. Com coisas simples e em todas as matérias: as aulas devem começar no horário, os professores não devem faltar, os alunos violentos devem ser punidos, as regras da escola devem ser aplicadas a todos. E eis aí o busílis da questão: ao mesmo tempo em que são incompetentes e doutrinárias no ensino da ética, nossas escolas são antiéticas em sua prática. O exemplo mais claro: a cola. No estudo citado, descobre-se que 83% dos universitários brasileiros já colaram, um dos índices mais altos do mundo. Cem por cento dos alunos brasileiros já viram alguém colando.

Nos meus tempos de aluno, havia gente colando na grande maioria das provas. É difícil imaginar que os professores não percebessem o que estava acontecendo. Em vários casos, os professores notavam e então caminhavam pela sala, parando perto do “colador”, ou às vezes chamavam seu nome. Mas, se não me falha a memória, em onze anos de escola jamais vi um único aluno perder a prova, a nota do bimestre ou sofrer sanção mais séria por um delito que é provavelmente o mais grave para um ambiente em que se preza o saber. O ensino da ética, em uma realidade assim, é um deboche. Mais do que um deboche, é um desserviço: quando nossas escolas falam sobre o tema e praticam o oposto, a mensagem implícita é que esse negócio de ética e cidadania é papo-furado, pois já na escola os trapaceiros se dão bem. Melhor seria não falar nada.

Fonte: Revista “Veja” – 26/06/10

Desafio aos professores: aliar tecnologia e educação

Entrevista: Guilherme Canela Godoi por Nathalia Goulart

Seja por meio de celular, computador ou TV via satélite, as diferentes tecnologias já fazem parte do dia a dia de alunos e professores de qualquer escola. Contudo, fazer com que essas ferramentas de fato auxiliem o ensino e a produção de conhecimento em sala de aula não é tarefa fácil: exige treinamento dos mestres. A avaliação é de Guilherme Canela Godoi, coordenador de comunicação e informação no Brasil da Unesco, braço da ONU dedicado à ciência e à educação. "Ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional." O desafio é mundial. Mas pode ser ainda mais severo no Brasil, devido a eventuais lacunas na formação e atualização de professores e a limitações de acesso à internet - problema que afeta docentes e estudantes. Na entrevista a seguir, Godoi comenta os desafios que professores, pais e nações terão pela frente para tirar proveito da combinação tecnologia e educação.

Qual a extensão do uso das novas tecnologias nas escolas brasileiras?

Infelizmente, não existem dados confiáveis que permitam afirmar se as tecnologias são muito ou pouco utilizadas nas escolas brasileiras. Censos educacionais realizados pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep) mostram que a maioria das escolas públicas já tem à sua disposição uma série de tecnologias. No entanto, a presença dessas ferramentas não significa necessariamente uso adequado delas. O que de fato se nota é que ainda não conseguimos desenvolver de forma massiva metodologias para que os professores possam fazer uso dessa ampla gama de tecnologias da informação e comunicação, que poderiam ser úteis no ambiente educacional.

Quais devem ser as políticas públicas para incentivar as tecnologias em sala de aula?

Elas precisam ter um componente fundamental de formação e atualização de professores, de forma que a tecnologia seja de fato incorporada no currículo escolar, e não vista apenas como um acessório ou aparato marginal. É preciso pensar como incorporá-la no dia a dia da educação de maneira definitiva. Depois, é preciso levar em conta a construção de conteúdos inovadores, que usem todo o potencial dessas tecnologias. Não basta usar os recursos tecnológicos para projetar em uma tela a equação "2 + 2 = 4". Você pode escrever isso no quadro negro, com giz. A questão é como ensinar a matemática de uma maneira que só é possível por meio das novas tecnologias, porque elas fornecem possibilidades de construção do conhecimento que o quadro negro e o giz não permitem. Por fim, é preciso preocupar-se com a avaliação dos resultados para saber se essas políticas de fato fazem a diferença.

As novas tecnologias já fazem parte da formação dos professores?

Ainda é preciso avançar muito. Os dados disponíveis mostram que, infelizmente, ainda é muito incipiente a formação de professores com a perspectiva de criação de competências no uso das tecnologias na escola. Com relação à formação continuada, ou seja, à atualização daqueles profissionais que já estão em serviço, aparentemente nós temos avanços um pouco mais concretos. Há uma série de programas disponíveis que oferecem recursos a eles.

Para os alunos, qual o impacto de conviver com professores ambientados com as novas tecnologias?

As avaliações mais sólidas a esse respeito estão acontecendo no âmbito da União Europeia. Elas mostram que a introdução das tecnologias nas escolas aliada a professores capacitados têm feito a diferença em alguma áreas, aumentando, por exemplo, o potencial comunicativo dos alunos.

As relações dentro da sala de aula mudam com a chegada da tecnologia?

O que tem acontecido - e acho que isso é positivo, se bem aproveitado - é que a relação de poder professor-aluno ganha uma nova dinâmica com a incorporação das novas tecnologias. Isso acontece porque os alunos têm uma familiaridade muito grande com essas novidades e podem se inserir no ambiente da sala de aula de uma maneira muito diferente. Assim, a relação com o professor fica menos autoritária e mais colaborativa na construção do conhecimento.

É comum imaginar que em países com um alto nível educacional a integração das novas tecnologias aconteça mais rapidamente. Já em países em desenvolvimento, como o Brasil, onde muitas vezes o professor tem uma formação deficitária, a incorporação seja mais lenta. Esse pensamento é correto?

Grandes questões sobre o assunto não se colocam apenas para países em desenvolvimento. É o caso, por exemplo, de discussões sobre como melhor usar a tecnologia e como treinar professores. O mundo todo discute esses temas, porque essas novas ferramentas convergentes são um fenômeno recente. Porém, também é correto pensar que nações onde as pessoas são mais conectadas e têm mais acesso a dispositivos devem adotar a tecnologia em sala de aula de modo mais amplo e produtivo. Outro fenômeno detectado no mundo todo é o chamado "gap geracional", ou seja, os professores não nasceram digitalizados, enquanto seus alunos, sim.

O senhor vê algum tipo de resistência nas escolas brasileiras à incorporação da tecnologia?

Não acredito que haja uma resistência no sentido de o professor acreditar que a tecnologia é maléfica, mas, sim, no sentido de que ele não sabe como utilizar as novidades. Não se trata de saber ou não usar um computador. Isso é o menor dos problemas. A questão em jogo é como usar equipamentos e recursos tecnológicos em benefício da educação, para fins pedagógicos. Esse é o pulo do gato.

Quais os passos para superar a formação deficitária dos professores?

A Unesco sintetizou em livros seu material de apoio, chamado Padrões de Competências em Tecnologia da Informação e da Comunicação para Professores. Ali, dividimos o aprendizado em três grandes pilares. O primeiro é a alfabetização tecnológica, ou seja, ensinamos a usar as máquinas. O segundo é o aprofundamento do conhecimento. O terceiro pilar é chamado de criação do conhecimento. Ele se refere a uma situação em que as tecnologias estão tão incorporadas por professores e alunos que eles passam a produzir conhecimento a partir delas. É o caso das redes sociais. É importante lembrar que esse processo não é trivial, ele precisa estar inserido na lógica da formação do professor. Não se deve achar que a simples distribuição de equipamentos resolve o problema.

Educomunicação é o novo curso de graduação da ECA

Revista Veja - On line

Serão oferecidas 30 vagas no período noturno e o curso terá duração de 4 anos.

De olho na combinação tecnologias e educação, a Universidade de São Paulo (USP) passará a oferecer a partir de 2011 o curso de educomunicação. A carreira já estará disponível para a escolha dos candidatos que se inscreverem no próximo vestibular da Fuvest. Serão oferecidas 30 vagas no período noturno e curso tem duração de quatro anos.

Para os licenciados no curso de educomunicação, o mercado de trabalho engloba dois ramos principais. O primeiro é trabalhar nas escolas - para a educação básica, especialmente o ensino médio. Além disso, os profissionais podem atuar como professores de comunicação ou consultores para projetos pedagógicos que envolvam qualquer uma das mídias: rádio, TV, jornal, internet, cinema. Outra opção é trabalhar em empresas de mídia, onde há vagas como produtores ou consultores para projetos educacionais. A formação, porém não habilita o profissional a atuar como jornalista, relações públicas, publicitário ou em outras áreas profissionais da comunicação.

O manual do candidato 2011 da Fuvest estará disponível a partir do dia 2 de agosto e as inscrições para o vestibular acontecem entre os dias 27 de agosto e 10 de setembro. A taxa é de 100 reais.

(Com informações da agência USP)

Educadores não podem temer novas tecnologias

por Nathalia Goulart - Revista Veja Online

A educação não pode mais ser planejada no contexto da "era de Gutemberg" - ou seja, dos tipos móveis e, portanto, do livro de papel. Na visão de Salete Toledo, especialista em educação e editora executiva da Edições SM, é preciso pensar o ensino em constante contato com as novas tecnologias e mídias. Para isso, os currículos escolares precisam assimilar as tecnologias, o que, na visão de Salete, demanda transformações nas intituições de ensino. "Nossa escola segue um modelo fechado. Precisamos de um ambiente onde possam circular mais informações, e essas informações estão fora dos muros da escola", diz a especialista, convidada a falar sobre o tema em um painel especial da Bienal Internacional do Livro de São Paulo, que se encerra neste domingo. Confira a seguir os principais trechos da entrevista com ela.

No âmbito da educação, as novas tecnologia vêm sendo aplicadas de maneira efetiva no Brasil?
De maneira geral, o uso das mídias ainda não é efetivo. Existem algumas experiências em curso, mas são projetos incipientes e ainda há um longo caminho a ser percorrido. O projeto Um Computador por Aluno, por exemplo, é uma experiência efetiva. Também temos escolas – principalmente as particulares – que usam recursos para ministrar aula interativas, como as lousas digitais. Essa realidade, porém, ainda não está disponível para todos os estudantes e professores.

Uma recente pesquisa da Fundação Victor Civita mostrou que 72% dos entrevistados não se sentem seguros em utilizar computadores na escola. Como a senhora enxerga essa situação?
Ainda existe um investimento a ser feito na formação dos professores. Algumas universidades começam a tratar das novas tecnologias em seus currículos, mas esse ainda é um fenômeno muito recente. A dificuldade dos professores é fruto de falta de conhecimento.

Quais os maiores desafios em matéria de integração da tecnologia às escolas?
A primeira dificuldade está na escola. Nossa escola hoje é uma escola fechada e com horários determinados. Precisamos de um ambiente onde possam circular mais informações. E essa informações estão fora dos muros da escola. É preciso pensar também em uma mudança de currículo e da forma como encaramos a escola. O papel do professor mudou – ele já não é mais o detentor do conhecimento, mas apenas o mediador e precisa de orientação para isso. Essa é a grande reflexão que precisa ser feita: dentro dessa nova realidade, o que podemos fazer para ajudar esse professor a se aproximar dessa realidade tão viva que está fora da escola? Os desafios são variados, vão desde o material que o docente não possui até a própria visão do que a escola é. Esses são os grandes desafios – e eles são grandes mesmo!

A escola muitas vezes é descrita pelos alunos como cansativa e pouco atraente. A incorporação das novas tecnologias pode aumentar o interesse dos alunos pelos conteúdos?
Elas facilitam na medida em que são usadas de forma significativa. Se eu quiser apresentar um conteúdo de gramática usando o computador da mesma forma que faria sem a máquina, não teremos nenhum impacto, e o aluno terá, igualmente, pouco interesse. Porém, se eu usar uma tecnologia para fazer com que o aluno participe do conhecimento e construa junto com outros colegas conceitos, textos e projetos, isso pode ser interessante. O aluno já faz isso fora da escola, mas a escola ainda não se apropriou disso. Se as tecnologias forem usadas de um modo significativo para o aluno, com certeza ele vai se sentir participante, porque deixará de ser expectador e passará a ser colaborador. Não é mais possível pensar em uma educação na era de Gutemberg. Não temos mais livros apenas. Temos livros, filmes, celulares, laptops etc. Temos uma quantidade enorme de possibilidades.

Temos bons exemplos de professores que já incorporaram a tecnologia?
Conheço professores, jovens principalmente, que já tomaram essa iniciativa. Outro dia, um professor de inglês me contou que pede para seus alunos consultarem um dicionário no celular. Isso é proibido em outras escolas, mas ele conseguiu dar a isso uso significativo dentro da aula. Ele deu sentido à tecnologia. Muitas vezes, o aluno se perde no uso do computador e da internet na sala de aula porque falta sentido e foco na atividade.

Os celulares já são amplamente acessíveis e oferecem muitas possibilidades - fotos, filmagens, mensagens e mesmo a internet. Contudo, a maioria das escolas prefere proibi-los, assim como o uso das redes sociais e de outros aparatos. Essa é uma atitude correta?
Proibir o uso do celular é nadar contra a corrente. O jovem usa o celular da mesma forma que usa boné. Precisamos descobrir maneiras de usá-lo pedagogicamente. E ele pode ser uma ferramenta importante para trabalhar a questão do conhecimento colaborativo. Vivemos em uma era digital, já não é o conhecimento particular e individual que prevalece. E o celular é isso, é uma forma de transmitir conhecimento. Claro que algumas escolas proíbem porque não sabem o que fazer com o aparelho.

Em termos de tecnologias na educação, o que se deve evitar?
É preciso ter muito claro o objetivo de cada proposta ou tudo fica muito solto. Se o aluno tem foco, ele não vai usar a internet pra procurar outras coisas além daquilo que está sendo pedido. Se o professor der foco, os conhecimentos se tornam significativos. O que o professor deve evitar, então, é deixar tudo muito aberto e assim se distanciar do universo do aluno. O professor tem que se aproximar para conquistar o aluno.

Lugares de Ensino do Audiovisual, e a Licenciatura em Cinema e Audiovisual da UFF

por João Luiz Leocadio

As inovações tecnológicas são marcas do desenvolvimento humano em todas as civilizações e, frequentemente, são utilizadas para caracterizar e demarcar uma época, ou uma geração. A Idade dos Metais frente a Idade da Pedra pode exemplificar uma dessas referências ao apontar para algumas transformações sociais produzidas pela descoberta dos modos de usar o cobre, o bronze e o ferro. As classes dominantes reforçavam sua posição de poder e dominação pela posse de utensílios e produtos de metal, desde objetos simples de uso domiciliar, passando por adornos pessoais até chegarmos às armas para caça e defesa, o que levou a configurar hábitos sociais e práticas comerciais que resultaram na estratificação econômica da população a partir do acesso a determinados artefatos de metais.

Com o audiovisual não é diferente. Surgido no século XX, através do cinema, da televisão e das mídias digitais, o audiovisual teve seu acesso ampliado gradativamente começando pelos grandes salões, com a primeira exibição de cinema no Gran Café em Paris, até se disseminar para grandes contingentes da população que pouco a pouco foi ganhando acesso. Tal qual os adornos de metais, que marcaram uma Era na Pré-História, o audiovisual marcou o século passado com a difusão de cultura nas grandes salas de exibição até chegar às residências populares nas zonas rurais e de periferia.

Embora seja verdade que parte da população mundial esteja na idade da pedra das imagens, nós aqui no Brasil desfrutamos de algumas oportunidades estimulantes para nos inserir na Era do Audiovisual, ainda que não façamos parte das classes dominantes da linguagem audiovisual. A democratização dos meios de comunicação fazem parte desse debate e a defesa individual e a caça de opressores substituiu as armas de metal por câmeras de qualquer tamanho e formato.

O audiovisual ampliou a presença das imagens na sociedade diversificando as possibilidades de difusão de cultura, fazendo com que surgissem novos valores de modernidade e de poder, análogo aos que existiam na Pré-História com o uso dos metais, a partir da onipresença das imagens. Estabeleceram-se novas hegemonias e dominações a partir de quem produz imagens e sons em relação a quem consome audiovisual, fenômeno que se insere na discussão mais ampla dos meios de comunicação, e que são características de uma nova organização social: a sociedade audiovisual.

Ao lado desse fenômeno de consumo é inegável o papel singular que o audiovisual tem desempenhado no apefeiçoamento dos processos de comunicação, seja ele pessoa a pessoa ou em sistemas de difusão de informação em massa. A facilitação do acesso aos meios de produção e difusão de conteúdo tem se acelerado vertiginosamente a partir dos anos 80 do século passado obrigando a sociedade a incorporar esses dispositivos como insumos básicos de consumo e de uso para trocas sociais.

Certamente que no contexto das comunicações é preciso registrar o advento do telégrafo, dos correios, do rádio, como antecessores da indústria criativa do audiovisual, mas é inquestionável que a combinação de som e imagem potencializaram o diálogo multisensorial até então inexistente. Essa combinação de sentidos resgata toda uma história de arte e criação revelando novas qualidades dos elementos constitutivos dessa nova forma de expressão: a linguagem audiovisual.

É nesse contexto que devemos olhar o ensino do cinema e do audiovisual. De uma lado a cadeia produtiva da indústria da comunicação, do outro a criação e a experimentação de uma nova linguagem expressiva com o potencial ilimitado das artes dos sons e das imagens.

Desde as primeiras escolas soviéticas dos anos 20 até os dias de hoje, essas duas perspectivas se fazem presente e exigem forte consistência acadêmica para propiciar uma sólida formação técnica e artística para os alunos. Não se trata apenas de repassar procedimentos técnicos ou soluções já consagradas mas é preciso instigar a pesquisa e a investigação na inovação que, no caso da arte, é imaterial.

O valor de consumo é substituído pelo valor subjetivo. O produto disputa com o processo o foco da realização. São questões que confrontam o próprio conceito de indústria, habituada a ser um ambiente construído para multiplicação e reprodução de modelos existentes. Esse amplo conceito, para toda uma indústria, exige um complexo conjunto de ações formulado por diferentes atores sociais, que incluem agentes públicos e privados, cujas iniciativas visam ampliar o acesso a produção e consumo do audiovisual, particularmente o nacional

Na Universidade Federal Fluminense esse debate ocorre há mais de quarenta anos http://www.ufscar.br/rua/site/?p=1962" e um pouco do que é produzido no curso é exibido em festivias e mostras, nacionais e internacionais, assim como é refletido em monografias disponíveis na Revista Rascunho ,a href="http://sites.google.com/site/monografiascineviuff/">http://sites.google.com/site/monografiascineviuff, enquanto que as dissertações e teses se juntam a outros esforços parcialmente sistematizados em sites de cinema, como é o caso do mnemocine www.mnemocine.com.br. O questionamento político e social, a problematização dos costumes e hábitos culturais, o conhecimento científico e o desenvolvimento de um pensamento crítico sobre o cinema e o audiovisual, são temas recorrentes para se pensar quer na escola ou fora dela.

Esse caminho iniciado por Nelson Pereira dos Santos em 1968, tem como uma de suas principais marcas a realização audiovisual com liberdade criativa. Esse fundamento é base para todo o projeto de uma escola que pretende formar indivíduos capazes de intervir em novos processos a partir de um olhar estético formulado pelo cinema. Essa pedagogia tem permitido que nossos ex-alunos atuem no mercado profissional do cinema, da televisão, da telefonia celular e, mais recentemente, na do videogame, além de contribuir para a construção de novos ambientes de ensino, seja em escolas livres de cinema, seja na organização de cineclubes, mostras, festivais, além de participarem no campo político na gestão de projetos de incentivo à difusão do audiovisual. Por isso defendemos propostas de financiamento público para jovens realizadores cujo perfil profissional se define durante essa imersão em mercados formais e informais http://www.revistaglobalbrasil.com.br/?tag=cezar-migliorin sem o que podemos perder a oportunidade de revelar carreiras artísticas ocultas em subempregos ou em empregos para subsistência.

Esse amplo perfil profissional faz parte das diretrizes curriculares formuladas pelo FORCINE – Fórum Brasileiro de Ensino de Cinema e Audiovisual, aprovadas em 2006 pelo Conselho Nacional de Educação http://portal.mec.gov.br/cne/arquivos/pdf/rces10_06.pdf, é fruto das experiências de ensino de cinema no Brasil ocorridas a partir dos anos 60, com destaque para a Escola Superior de Cinema da Universidade Católica de Minas Gerais, a Escola Superior de Cinema São Luiz, e os cursos de cinema da Universidade de Brasília, Universidade de São Paulo e a Universidade Federal Fluminense. Desde então surgiram novas escolas de Cinema e Audiovisual nas Universidades Públicas e Privadas em todo o território brasileiro.

Enquanto isso, prospera no Brasil, em espaços não formais, experiências bem sucedidas de ensino de cinema como a do Vidigal, ligada ao Grupo Nós do Morro, a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, as oficinas de audiovisual na Maré e na CUFA (Central Única de Favelas) e tantas outras. Oficinas de fotografia como as promovidas pelo Programa Agência-Escola Imagens do Povo http://www.imagensdopovo.org.br assim como projetos de realização audiovisual na pré escola apoiado pela Faperj http://www.faperj.br/boletim_interna.phtml?obj_id=5541 demonstram o que o esforço para difundir e ensinar o audiovisual se constituem em linhas de ação tanto de organizações não governamentais como de instituições públicas.

Destaca-se, também, um programa do Ministério da Cultura designado como Cine Mais Cultura, que está implantando 1.600 salas de exibição de cinema brasileiro em instituições da sociedade civil articuladas com o poder público, numa clara demonstração de que o Estado brasileiro também quer contribuir para a superação das barreiras culturais impostas pelo atraso no desenvolvimento de uma indústria audiovisual nacional. O novo passo desse ambicioso e inédito projeto é inserir essas salas de exibição nas escolas públicas, fazendo reacender os ideais que fundaram o INCE – Instituto Nacional de Cinema Educativo dos anos 30. (Em Brasília, por meio de emenda parlamentar, esse projeto já está em implantação nas 87 escolas públicas do Distrito Federal.) Com a mesma urgência de fazer chegar o cinema nas escolas, tramita o projeto de Lei do Senador Cristovam Buarque, que prevê a exibição de 2 horas semanais de cinema nacional nas escolas públicas. É um projeto importante e que se articula com a política nacional de cultura do MinC de levar o audiovisual para o cotidiano do ambiente escolar.

É nesse contexto de urgências, que a UFF diagnosticou a necessidade de capacitar profissionais formados na área do cinema e do audiovisual para assumir o lugar de ensino nas escolas e planejar esses cursos, uma vez que quase todas essas experiências tem sido conduzidas por pessoas com alguma formação em cinema ou em áreas afins. O curso de Licenciatura em Cinema e Audiovisual visa contribuir para a consolidação dessas ações além de ampliar a dimensão do cinema descrita nos Parâmetros Curriculares Nacionais de Arte ftp://ftp.fnde.gov.br/web/pcn/05_08_artes.pdf e que tem sido negligenciada há décadas nas escolas públicas.

O projeto elaborado pelo Departamento de Cinema e Vídeo em 2009 foi incluído no Programa Reuni, do Governo Federal, como parte dos compromissos da UFF com a expansão de vagas nos vestibulares universitários. Trabalhamos com a possibilidade de oferecimento de 20 vagas no vestibular em 2011/12 dependendo da conclusão das obras já iniciadas no campus do Gragoatá, em Niterói-RJ, às margens da Baía de Guanabara.

O curso terá a duração de quatro anos com disciplinas do campo do Cinema e do Audiovisual, como História do Cinema Brasileiro, História do Cinema Mundial, Teoria e Linguagem Cinematográfica, Narrativas Audiovisuais, e outras, além das de Ciências Humanas e Sociais, de Estudos de Linguagem, de Artes e da Educação.

O projeto pedagógico contemplou metade da carga horária obrigatória com disciplinas teórico-práticas voltadas para a produção audiovisual e para a prática de ensino do audiovisual em sala de aula. São oficinas que privilegiam o processo de realização de vídeos com celulares, webcameras, câmeras digitais, e animação gráfica, e a pesquisa audiovisual desenvolvida com alunos no Colégio Universitário da UFF.

Outro aspecto diferencial do programa pode ser chamado de “liberdade acadêmica”, pois o aluno poderá definir e escolher cerca de 25% da carga horária de acordo com os seus interesses específicos, com uma orientação docente. Esse deverá ser um facilitador para que pessoas com outras formações possam ser acolhidas na Licenciatura em Cinema e Audiovisual. Queremos incluir egressos de história, física, matemática, português, biologia, geografia e tantas outras áreas de conhecimento que tem demonstrado, de forma consistente, interesse na pesquisa e na prática audiovisual.

Esperamos, como essa iniciativa, estabelecer um ambiente de permanente reflexão sobre as diversas modalidades de ensino do audiovisual, difundindo a pedagogia da criação baseada na experiência estética do cinema, além de conscientizar os indivíduos sobre o campo de estudo das imagens na Era do Audiovisual.

Metais para todos!

Original em: http://www.kinooikos.com/tutoriais/lugares_do_ensino-2/35/

Cinema e educação - um novo mercado de trabalho


1º Curso de Cinema com Licenciatura UFF

A Universidade Federal Fluminense (UFF), em Niterói - RJ, promete criar, em breve, o primeiro curso de licenciatura em Cinema e Audiovisual no Brasil.

A iniciativa é pioneira e o projeto pedagógico já está pronto. A previsão de abertura oficial é em 2012, por conta da construção de novas instalações.

A notícia é ótima e é o reflexo de um mercado de trabalho que já existe, mas que possivelmente começará a ter uma visibilidade maior e talvez uma regulamentação mais adequada, já que as oficinas de cinema e audiovisual são cada vez mais comuns nas escolas, diante da ampla abertura nas exigências do ensino de artes nos parâmetros curriculares nacionais e a facilidade de produção de vídeos, com a era digital, contando com equipamentos e ilhas de edição mais acessíveis como as câmeras de vídeo handcam e softwares de edição como o Windons Movie Maker ou Pinacle, além da socialização e distribuição universal que ocorre entre os estudantes, através de postagens no youtube.

É visível o uso intenso das mídias entre os jovens, como a produção de vídeos, manipulação de imagens, criação de blogs e portais de postagem de conteúdo audiovisual. A discussão sobre esse uso, ainda sem uma mediação adequada e direcionada, é preocupação crescente na área da Educação, num campo denominado mídia-educação (educação para, com e sobre os meios/mídias).

Hoje é difícil controlar o acesso e procura de conteúdo audiovisual na internet, muitas vezes impróprio para determinadas faixas etárias, justamente por carregarem uma subjetividade que exige uma formação crítica que estes jovens ainda não tem. Percebe-se essa falta de preparo nas produções que eles fazem em casa ou nas escolas, usando como referência filmes como "Clube da luta", "Tropa de elite" ou "Cidade de Deus", que abordam uma violência urbana, carregada de teor crítico, mas é que esvaziada com vídeos que exploram apenas a violência gratuita. Portanto é extremamente necessária uma mediação entre este conteúdo e o público jovem que o acessa. Se ela não ocorre em casa, cabe a escola assumir esta responsabilidade e ter professores preparados para saberem mediar e promover a reflexão entre os estudantes.

Eu, como bacharel em cinema, atuando como professora de cinema na disciplina de Artes, no Ensino Fundamental e Médio em Florianópolis, tornei-me pesquisadora da área a partir da experiência prática. Sem o preparo pedagógico, deparei-me com desafios no dia-a-dia escolar, que consegui contornar com a prática. Enfrentei o desafio de ensinar, sem nenhum tipo de material direcionado aos jovens, ou métodos e dinâmicas, já que o bacharelado (infelizmente) não prevê este preparo. Aos poucos, tenho desenvolvido técnicas de ensino, e refletido sobre o uso adequado e produtivo do cinema como ferramenta de ensino. Como e o quê ensinar?

A criação de um curso de cinema voltado para a Educação é algo extremamente promissor, pois reforça o discurso daqueles, que como eu, acreditam no cinema como uma ferramenta de ensino, e que é necessária a preocupação com a formação do professor que se propõe a fazer uso desta forma, afinal hoje não é obrigatória a formação específica em cada área do conhecimento para lecionar, como matemática, geografia e português? Então para ensinar cinema, talvez o professor mais preparado, seja aquele que estudou e se preparou pra isso.

A melhor maneira de mobilizar e conscientizar o espectador de cinema a apreciar o diferente é educando!

segunda-feira, 9 de agosto de 2010

Vídeo Aula 1 - noções de edição


Aula de edição básica no Windons Movie Maker





*Abrir o programa (Comando: Iniciar/Acessórios/Windons Movie maker)

Obs.: Se ele não estiver nesse local, ir em Iniciar/Localizar e digitar Movie Maker

Algumas versões do Windons 7 não trazem o Movie Maker, mas indica link onde baixar.


 



1º Passo – Após abrir o Movie Maker, importar os arquivos (vídeo, foto e/ou música). 
Obs.: É possível arrastar os arquivos para dentro do programa. 

2º Passo - Após importar arquivos, salvar o projeto - Comando: Arquivo/Salvar projeto/”Nome” 
Obs.: Importante lembrar o local onde o projeto foi salvo.




3º Passo – Arrastar arquivos para Linha do Tempo (vídeo) ou Storyboard (foto). Inclusive a música.


4º Passo – Editar na seqüência desejada.
Obs.: Salvar SEMPRE cada ação feita, com ctrl+s, pois o programa trava com freqüência e se quiser desfazer alguma ação, utilizar ctrl+z.


*Para “cortar” vídeo ou música, ajustar "flechas" no início e fim do quadro.




*Para ajustar áudio do vídeo – Comando: Ferramentas/Níveis de áudio


- áudio do vídeo com música fundo: flecha ao meio


- áudio do vídeo com música: flecha mais para esquerda (caso dos diálogos)


-apenas a música: flecha para direita


-apenas áudio do vídeo: flecha para esquerda
Obs.: Também é possível inserir "fade in ou fade out" e regular volume, utilizando botão direito em cima da música. Irá aparecer janelinha com as opções.


*Efeitos de transição (editar filme) – servem para transição de uma imagem a outra.


*Efeitos de vídeo – Existem vários efeitos interessantes como: reduzir e acelerar imagem, efeito preto e branco, sépia ou de filme antigo. E vários efeitos de movimentação.


*Títulos ou créditos – servem para inserir créditos antes, depois e em cima do quadro.
Obs.: É possível alterar qualquer efeito, fonte ou cor, clicando duas vezes no texto no "storyboard".



 5º Passo – Salvar no computador (observar o local e o melhor formato).
Obs.: É possível escolher o tamanho do arquivo.  Prestar atenção no local onde está sendo salvo. É possível escolher.





Obs.: Caso queira gravar num dvd, abrir o Nero e gravar como arquivo de dados ou utilizar o espaço de “Criar meu próprio vídeo” para gravar em formato de DVD.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

Meia-entrada para professores

Hoje fui ao cinema e já faz um tempo que tenho usado meu direito como professora para pagar meia-entrada em cinemas de Floripa, porém me dei conta de como isto é pouco divulgado e aproveito este espaço para trazer o assunto ao público.

Desde o dia 23 de outubro de 2009, está em vigor uma lei municipal (Florianópolis - SC) que permite a meia-entrada em eventos e atividades culturais, como o cinema, para professores de ensino básico, médio ou superior, de instituições públicas ou privadas, mediante comprovante de pagamento ou a carteira de trabalho certificando a função.

A Lei nº8019/2009 foi criada pelo vereador Márcio de Souza e vale para qualquer professor, inclusive de outras cidades que estejam de passagem por Florianópolis, em cinema localizados no território municipal. Ou seja, vale para todas as salas de cinema do Shopping Iguatemi, Floripa Shopping, Paradigma Cine Arte, CIC e afins.não vale para o Shopping Itaguaçu, por se localizar no município de São José.

Divulguem e aproveitem a meia-entrada professores!!!