quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Curso de Licenciatura em Cinema e Audiovisual - um novo campo profissional

Eu me lembro claramente quando anunciaram a abertura de um novo curso de cinema, com licenciatura, lá na Universidade Federal Fluminense - UFF, postado no blog Cineducacao há mais de 1 ano. 
E quando fui na SOCINE este ano, lembro de dois professores interessados em experiências com cinema na escola, justamente procurando colaborações dos profissionais que já atuam na área, para pensar na formação da grade de professores e do próprio currículo do novo curso.
Não se pode mais negar a abertura deste novo campo de trabalho para o profissional do cinema, voltado para a educação, na tentativa de suprir uma demanda já existente.
Tenho certeza que será feliz aquele que direcionar seus caminhos para educação, e fico ainda mais feliz de ser uma destas pessoas!!! O que será que o futuro me reserva?!



 Seguem mais informações sobre o novo curso!!

Com a responsabilidade  em atender as demandas pedagógicas, acadêmicas, sociais e culturais da comunidade, do Estado e do país, o Departamento de Cinema e Vídeo criou a Licenciatura em Cinema e Audiovisual, que já está sendo oferecido no vestibular da UFF (http://www.vestibular.uff.br/2012/) como uma alternativa ao tradicional “curso de Cinema da UFF”, para aqueles que procuram uma formação acadêmica na área do Cinema e do Audiovisual.

Vivemos há pouco mais de um século a sociedade audiovisual, onde a imagem em movimento e o som têm experimentado janelas de diferentes tamanhos e diferentes locais para assistência. A sala de cinema se deslocou para a tela da televisão e mais recentemente para as telas dos computadores e celulares. A indiscutível presença do audiovisual na vida cotidiana tem ampliado a intimidade de todos com a sua linguagem sem que se faça uma reflexão cultural, estética e técnica dos modelos de representação social nos quais se insere essa vasta produção. É nesse contexto que apresentamos para a Universidade Federal Fluminense a proposta de um curso de licenciatura visando a capacitação docente no campo do Cinema e Audiovisual fundamentada na tradição do curso de cinema da UFF que esse ano completa 40 anos.

Acompanhando os esforços da UFF e do MEC, nossa proposta de Licenciatura consiste em um curso noturno, de quatro anos, com a oferta inicial de 21 vagas com uma única entrada por ano, cujo Projeto Pedagógico pode ser acessado no site do Departamento. Entendemos que esta opção trará para os estudos de cinema uma gama de futuros profissionais que hoje encontram severas dificuldades em cursar uma formação diurna. O curso de Licenciatura noturno torna-se também importante na medida em que permitirá que o aluno tenha o dia livre para iniciar suas atividades profissionais nas escolas. Assim, não é negligenciável o fator de inclusão social presente em um curso noturno.

O desejo de abrir as portas do curso de cinema para um curso noturno é antigo. Hoje, graças às ações ligadas ao REUNI (Programa de Apoio a Planos de Reestruturação e Expansão das Universidades Federais), torna-se possível pensarmos na possibilidade de termos estrutura e pessoal para os laboratórios, biblioteca e secretaria em um terceiro turno. Além disso, a abertura deste curso se insere na política educacional do Governo Federal, de maximização de utilização dos espaços físicos, recursos materiais e infra-estrutura universitária.



Mercado de trabalho para o licenciado



É crescente o número de Escolas Livres de Cinema e Audiovisual. Experiências bem sucedidas como a escola de cinema do Vidigal, ligada ao Grupo Nós do Morro, a Escola Livre de Cinema de Nova Iguaçu, as oficinas de audiovisual na Maré e na CUFA (Central Única de Favelas), são exemplos da forte demanda por profissionais capacitados na educação e no cinema. Além dessas, existem inúmeras outras iniciativas direcionadas à formação em audiovisual, através de escolas livres, alcançando milhares de alunos em centenas de projetos distribuídos em todo o território nacional. Pesquisa realizada entre 1995 e 2009, registrou 132 entidades no território nacional em 17 estados mais o Distrito Federal com um total de 25.665 alunos atendidos e uma produção de 3.233 vídeos.

Normalmente essas escolas têm funcionado com profissionais formados em cinema ou áreas afins, mas sem formação específica como professor. Uma licenciatura em Cinema e Audiovisual capacitará profissionais para assumir os lugares de ensino nessas escolas e planejar seus cursos.

Também a administração dessas instituições de ensino demanda profissionais especializados, por envolver questões de produção, pedagógicas e acadêmicas. Entendemos também que uma estreita relação com essas escolas será importante para o curso de licenciatura, através de estágios nas diversas áreas que compõem o aprendizado e o ensino de cinema e audiovisual.

Recentemente, projetos para unidades dos CAPs (Centros de Atenção Psicossocial), passaram a incluir oficinas audiovisuais como caminho para a re-inserção social de seus pacientes. Em Niterói, o projeto Alice, prepara o gato tem como proponentes e oficineiros ex-alunos do bacharelado em Cinema e Audiovisual da UFF. Acreditamos que, com a formação pedagógica que a licenciatura em Cinema e Audiovisual proporcionará, esse mercado pode ser ampliado. 

Outro mercado que se abre ao profissional que ingressa no mercado vindo de uma licenciatura em Cinema e Audiovisual, nos moldes que estamos propondo, vem da possibilidade de criar projetos pedagógicos para museus e centros culturais. É crescente a intenção de tais instituições de oferecer eventos que venham a iniciar crianças e adolescentes no mundo das artes e das ciências. Exemplo disso é o Museu da Vida, na Fundação Oswaldo Cruz, que recentemente abriu edital para profissionais do audiovisual que propusessem formas de ensinar para crianças, através da união entre imagem e som, os princípios básicos das ciências naturais.

Da mesma forma, outras ações de política pública como a criação de 1.600 salas de exibição digital, para difusão da produção cinematográfica brasileira através do Projeto Cine Mais Cultura, exige a formação de pessoal qualificado para revitalizar e ampliar os tradicionais Cineclubes, que apontam como princípio básico de atuação a sua vocação educativa para formação de novos públicos. Nesse cenário encontram-se projetos em municípios de 20 mil habitantes até os grandes centros urbanos, dos Territórios da Cidadania até as principais capitais brasileiras, como Rio de Janeiro e São Paulo.



Nas Escolas



Possibilitar à criança e ao adolescente uma cultura audiovisual e cinematográfica está na pauta do dia. Além da presença cada vez mais constante do audiovisual em sala, tramita no congresso o projeto de lei 185/8, de autoria do Senador Cristovam Buarque, que obriga as escolas exibirem filmes nacionais em sala. Mais do que apenas exibir, essa iniciativa propicia o surgimento de um amplo espaço acadêmico para a formação específica acerca da história, da estética e da teoria no cinema e do audiovisual, que é o cerne do projeto de lei e, que está sendo demandada. De certa forma, o Senador vislumbrou algo que há muito é demandado pelas escolas e que outras iniciativa do Governo Federal tem procurado atender com projetos como o TV Escola: a adoção da cultura audiovisual na sala de aula. Assim, esta proposta de licenciatura coaduna-se aos esforços do Governo Federal em fomentar uma melhor formação de professores do ensino médio e, consequentemente, avançar na qualidade do ensino de uma maneira geral.

O projeto Ensino Médio Inovador, também do Governo Federal, apoia dezenas de propostas oriundas das escolas visando a implementação da produção e da exibição audiovisual de maneira a integrar diferentes disciplinas abordando temas transversais, vinculados ao projeto pedagógico de seus currículos regulares. São experiências com cinema de animação, cineclubes, produção de vídeos, entre outros, onde o audiovisual contribui para proporcionar aos alunos ambientes de produção colaborativa e construção de conhecimento em condições de grande interação com os professores.

Outro aspecto importante a destacar é o barateamento das tecnologias ligadas ao audiovisual, que tem permitido às escolas adquirirem meios de exibição e produção com maior facilidade, tanto no espaço público como privado, com participação ativa dos alunos nessa ação. Dessa forma, um curso de Licenciatura em Cinema e Audiovisual abre diversas possibilidades de melhor se formar profissionais que possam utilizar plenamente tanto os filmes quanto os equipamentos, quer na sala de aula quer na sua vida social e profissional.
Espera-se que esse profissional seja também um agente multiplicador dentro da escola ao estabelecer um estreito diálogo com os outros professores sobre o uso do audiovisual na sala de aula, uma vez que a presença do cinema na educação é tema de debate e de iniciativas governamentais no Brasil desde os anos 20, e que nos anos 70 o vídeo chegou a ser visto por alguns como uma ameaça de substituição do professor. Superadas as fases de inovação revolucionária e tecnofobia a maturidade social impõe a necessidade do cinema ir para a escola não somente como texto ou como tema, mas como ato e criação, como uma maneira de formar estética, crítica e sensivelmente.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Dica: programas on-line gratuitos para efeitos de fotos!!

Sabe esses efeitos (molduras, cor, sombras, luz, efeitos, têxturas, envelhecimento, desfoque) que uso nas fotos do blog?!! Eu uso esse site aqui! (pixlr-o-matic)
 



Sempre usei o adobe photoshop, mas depois que descobri esse site de acesso gratuito com efeitos prontos, o trabalho ficou mais prático, então só uso photoshop quando preciso cortar e fazer ajustes mais complexos!!

Mas se a vontade for realmente a de usar o photoshop, sem precisar instalar, aqui está uma versão on-line mais simples e gratuita!!

Fica dia e bom proveito!! =)

terça-feira, 4 de outubro de 2011

"A hipótese cinema" de Alain Bergala

Este livro é uma das maiores referências para aqueles que se dispõem a pesquisar sobre cinema e educação, na perspectiva do fazer cinema-arte. É uma leitura tranquila, gostosa e super importante. Bergala é uma das referências do meu trabalho e pesquisa.

Em junho desse ano, tive a oportunidade de conhecer Bergala de perto numa palestra no 2º Encontro de Cinema e Escola em São Paulo. Acho sua fala um pouco radical, mas ao mesmo tempo há muitos que distorcem suas visões sobre o cinema. Vale a pena ler por conta própria e conhecer seu trabalho!

Trouxe para o blog um pouco das impressões da minha leitura!

Obs.: Este é o livro original (tenho!!), que já possui uma versão em português, recentemente traduzido pelo CINEAD - projeto de pesquisa e extensão da UFRJ sob a coordenação de Adriana Fresquet. A versão em port. ainda não está disponível comercialmente, mas entrando em contato com a editora da UFRJ, talvez exista algum exemplar. Eu só tenho uma cópia do original em port. =(

Alain Bergala é um diretor francês de filmes de ficção e documentários, atua como professor de Cinema na Universidade de Paris III, trabalhou como diretor e editor na revista de cinema Cahiers du Cinema, e foi conselheiro da área de cinema do ministro francês Jack Lang, que em 2000, elaborou um plano de cinco anos para a introdução das artes no ensino fundamental.

Bergala tem uma experiência com cinema, dentro e fora da escola, de mais de 20 anos e formulou sua ‘hipótese-cinema’, considerando o cinema enquanto arte, para tentar responder a questão “Como ensinar o cinema no âmbito da escola?!” 

A hipótese – análise e criação

Para Bergala a questão não é ensinar, mas iniciar os alunos à arte do cinema. Nesta obra, o autor traz propostas precisas do que fazer e não fazer no contexto escolar. 

Para o autor, o cinema deve ser utilizado, enquanto arte (criação do novo), para promover o encontro com a alteridade, como uma forma do espectador relacionar sua existência a partir da visão do outro, compreendendo o mundo a partir de um olhar diferenciado, sensibilizado a partir da experiência do contato.

“A arte, para permanecer arte, deve permanecer um fermento de anarquia, de escândalo, de desordem. A arte é por definição um elemento perturbador dentro da instituição. Ela não pode ser concebida pelo aluno sem a experiência do ‘fazer’ e sem contato com o artista, o profissional, entendido como corpo ‘estranho’ à escola, como elemento felizmente perturbador de seu sistema de valores, de comportamentos e de suas normas relacionais.” (BERGALA, 2008: p.30)

Bergala diz que Godard considera a cultura como ‘regra’ e a arte como ‘exceção’, no sentido que de não possa ser ensinada, mas encontrada, experimentada e transmitida de outras formas além do discurso do saber. “A arte deve permanecer na escola como uma experiência a parte.” (Bergala, 2008: p.31)

O autor não sabe ao certo se é na escola o verdadeiro espaço para acolher a arte, mas para muitas crianças, é o único lugar onde isso seria possível.

O que ele sugere como abordagem é formar um espectador que vivencie as emoções do criador de um filme. Pensar o filme através do seu autor. Por essa razão, ele não acredita que se deva partir do conhecido para abordar o menos conhecido, pois isso conduz a um afastamento da singularidade do cinema. Para ele, analisar alguns filmes não é suficiente para promover uma mudança no olhar da criança, pois o trabalho para formação do gosto é longo e demorado. O gosto, diferente da opinião, não pode ser negociado, pois é formado a partir da singularidade de cada pessoa, no íntimo de cada um.

Aqui entendo que para ele, não é possível fazer a criança deixar de gostar de alguma coisa, por mais ‘medíocre’ que se seja, pois o ‘bom’ e ‘ruim’ são definidos exatamente pelo gosto. Ao mesmo tempo, Bergala insiste que não se deve perder tempo com ‘filmes ruins ou medíocres’. Ou seja, ele problematiza a questão do gosto, mas define o que para ele seria um bom e mau cinema, e neste sentido acho autoritário e contraditório.

Ele diz que a “arte que se contenta em enviar mensagens não é arte, mas um veículo indigno da arte: isso vale para o cinema”. (Bergala, 2008: p.48) Um filme-arte é duradouro, “permanece vivo, contraditório, irritante e fascinante, cheio de invenções, que continua dando o que pensar quarenta anos depois de sua realização.” (Bergala, 2008: p.49) Por essa razão é natural que num primeiro encontro com um filme-arte, possa haver rejeição violenta, dificuldade de acesso, irritação, onde ainda representa uma possibilidade a ser trabalhada. O problema é quando a atitude for de indiferença, nada tocar o espectador de nenhuma forma.

Desafios para a escola

Bergala considera importante a escola preservar um acervo de filmes alternativos aos de cinema de puro consumo, para que os alunos possam ter autonomia de ver e rever um filme e ter acesso com mais facilidade.

4 propostas e desafios para o professor:

-Organizar a possibilidade do encontro com os filmes

Considerando que um primeiro encontro pode provocar revolta e choque, não é uma tarefa fácil, mas é necessário promover encontros dos alunos com filmes-arte, seja em sessões de cinema, em sala de aula ou cineclubes.

-Designar, iniciar, tornar-se passador

Diferente de muitas teorias pedagógicas, Bergala diz que o gosto pessoal do professor e sua relação íntima com as obras de arte é de extrema relevância, pois “quando aceita o risco voluntário, por convicção e por amor pessoal a uma arte, de se tornar ‘passador’, o adulto muda de estatuto simbólico, abandonando por um momento o seu papel de professor, tal como definido e delimitado pela instituição, para retomar a palavra e o contato com os alunos de um outro lugar dentro de si”. (Bergala, 2008: p.64)

-Aprender a freqüentar os filmes

Bergala sugere que as crianças sejam espectadoras-criadoras, fazendo uma leitura criativa do filme, não apenas analítica e crítica. A escola muitas vezes exige resultados rápidos e precisos, a partir de uma única exibição de um filme, fazendo às vezes, uma análise muito superficial, quando cada criança tem um tempo diferente de receber e relacionar-se com uma obra de arte. Ele considera de extrema importância respeitar este tempo. “O verdadeiro encontro com a arte é aquele que deixa marcas duradouras”. (Bergala, 2008: p.100)

-Tecer laços entre os filmes

O autor considera importante relacionar obras do presente e do passado, tecendo laços e buscando trabalhar uma consciência dessa relação, pois é importante “compreender como toda obra é habitada pelo que a precedeu ou lhe é contemporâneo, na arte em que ela surgiu e nas artes vizinhas, inclusive quando seu autor não o percebe ou o contesta.” (Bergala, 2008: p.68)

A importância do criar

Além de ir ao encontro do cinema-arte, Bergala considera ainda mais importante que os alunos tenham a experiência da criação. O fazer como aprendizado. Mas ressalta que o professor não deve exigir ou esperar que os filmes sejam narrativos, compreensíveis e bem acabados, pois é complexa a criação de uma história “com imagens e sons, decupagem, encenação, ritmos e significações” e demanda anos de maturação. (Bergala, 2008: p.175)

Ele ressalta a importância da experiência individual de cada aluno, em algum momento, já que na instituição escolar é normal haver divisões e papéis já formados. Esta oportunidade individual pode gerar autoconfiança nos alunos, e revelar habilidades até então desconhecidas, tanto para si, quanto para o grupo.

Perigos do storyboard

Em recente palestra no “Encontro de cinema e escola” em São Paulo (2011), Bergala afirmou desaprovar o uso de storyboard em sala de aula. Já no livro, ele defende que nenhum cineasta imagina primeiro uma cena em planos para depois visualizar o conjunto, mas sim o contrário, por isso submeter os alunos a desenharem o que planejam filmar seria inválido, porém ele cita uma experiência bem sucedida de composição planos com fotografias, para que os alunos pudessem visualizar e refletir sobre suas idéias, antes de executá-las, e neste sentido, não deixaria de ser uma forma de storyboard com uma diferença importante, desenhar é criar e depende de habilidades profissionais, que de fato, as crianças em maioria ainda não têm, mas com fotografias, elas estão compondo com o que já existe, e aí sim, pode ajudar a planejar e experimentar suas idéias antes de filmá-las. Ele diz que a máquina digital e  sua possibilidade de fotografar e manipular instantaneamente os resultados, observando e discutindo em grupo, tem “a vantagem de obrigar a pensar numa decupagem, e a se recolocar a cada imagem, a questão do ponto de vista, do eixo e da distância.” (Bergala, 2008: p. 194)

Sistematizando ‘a hipótese’

Após fazer este percurso na obra de Bergala, considero importante destacar os pontos principais de sua proposta que poderiam ser aplicados na prática em qualquer contexto escolar.

-Trabalhar com o cinema arte promovendo um encontro com a alteridade.
-Análise minuciosa de filmes ou trechos de filmes de arte a partir de um tema ou questão do cinema.
-Escola preservar um acervo de filmes alternativos aos de cinema de puro consumo.
-Organizar a possibilidade do encontro com os filmes (cineclube, cinema, sala de aula)
-Designar, iniciar, tornar-se passador (seleção de filmes sem desconsiderar o gosto pessoal)
-Aprender a freqüentar os filmes (rever os filmes, respeitando o tempo da criança)
-Tecer laços entre os filmes (relação cinema passado-presente)
-Decomposição de planos com fotografia digital
-Edição não-linear como oportunidade para repensar a criação.
-Alunos terem a oportunidade de criar algo individual e coletivamente
-Exercício: Minuto Lumiére  - resgate do primeiro cinema